quinta-feira, 2 de junho de 2011

Motoristas de ônibus do ABC mantêm greve na sexta



Decisão sobre paralisação aconteceu antes de fim de reunião no TRT.
Nova assembleia acontece na manhã desta sexta, em Santo André.

Marcelo MoraDo G1 SP
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Passageiros que utilizam ônibus do transporte coletivo enfrentam dificuldades para se deslocar durante a manhã em Diadema, no ABC, por causa da greve promovida por motoristas e cobradores da região desde a 0h. (Foto: Letícia Macedo/G1)Filas como as registradas em Diadema, no ABC,
são esperadas (Foto: Letícia Macedo/G1)
Motoristas e cobradores de ônibus do ABC decidiram após assembleia realizada nesta quinta-feira (2) manter a greve na região até sexta. Segundo a assessoria do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário do Grande ABC, a decisão foi tomada antes mesmo de as lideranças das categorias voltarem de uma reunião de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em São Paulo.
Segundo o sindicato, isso ocorreu porque os trabalhadores estavam havia muito tempo em sua sede, em Santo André, aguardando um retorno da reunião. Uma nova assembleia está prevista para acontecer às 9h desta sexta.
Na reunião, finalizada cerca de uma hora após o fim da assembleia, o sindicato patronal retirou a proposta feita de reajuste de 10% no vale alimentação. Essa proposta foi recusada pela liderança da greve. Como não houve conciliação, a juíza do TRT responsável pela reunião, desembargadora Sônia Franzine, fez uma proposta: aumento no INPC de 6,3% mais 1,5% de ganho real, que resulta em 7,8% de reajuste. Foi oferecido também ampliação do vale alimentação em 7,8%. A proposta, que está abaixo da que já havia sido apresentada –e recusada- pela categoria, será levada para a assembleia nesta sexta.
Com a paralisação por mais um dia, a vida dos que precisam do transporte público para trabalhar deverá ser mais uma vez prejudicada. Na manhã desta quinta, 14 das 19 empresas que operam nos sete municípios do ABC (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) estavam totalmente paralisadas, segundo a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).A juíza também majorou a liminar anterior que determinava que os grevistas colocassem nas ruas 80% da frota no horário de pico e 60% no horário normal. Agora, 80% da frota terá de circular o tempo todo. Caso seja descumprido, o sindicato será multado em R$ 200 mil. A entidade já recebeu duas autuações desse tipo por descumprir a decisão nos últimos dois dias. O presidente do sindicato disse esperar convencer seus colegas a voltarem ao trabalho nesta sexta.
A situação era agravada devido à paralisação dos trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que também não trabalharam nesta quinta.
De acordo com o presidente do sindicato,Francisco Mendes da Silva, mais ônibus foram colocados nas ruas durante a manhã após uma notificação do TRT que garante a operação de 80% da frota durante a greve, com multa diária de R$ 200 mil em caso de descumprimento.. “Entramos em contato com alguns trabalhadores que a gente conseguiu e uma parte começou a rodar para a gente tentar cumprir de todas as formas a decisão da Justiça”, afirmou.
 

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