quarta-feira, 1 de junho de 2011

Após homenagem de cinema, Norma Benguel faz apelo: ‘Preciso trabalhar!’

Usando uma cadeira de rodas alugada, atriz e diretora falou ao EGO sobre suas dificuldades financeiras e a ajuda dos amigos.
Léo Martinez Do EGO, no Rio
Isac Luz/EGO
Norma Benguel: crise financeira e muita vontade de voltar ao batente
Com dificuldades para falar, aos 75 anos, a atriz e diretora Norma Benguel foi homenageada na noite desta terça-feira, 31, durante a 10ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que aconteceu em um teatro no Centro do Rio. Acompanhada por um segurança que conduzia sua cadeira de rodas, Norma fez um desabafo:
“Estou muito feliz e queria agradecer a todos que estão ao meu lado nesse momento. Agora, só preciso trabalhar. Sei que não posso mais atuar, mas dirigir qualquer coisa para mim seria importante. Pode ser uma novela, um seriado, qualquer coisa mesmo. Tenho absoluta certeza de que tudo isso vai ser superado com a ajuda de Deus e dos meus amigos”, disse Norma aoEGO.
Afastada da televisão desde a sua participação em “Toma Lá Dá Cá”, quando interpretou a homossexual Deise Coturno, a veterana relembrou os bons tempos com o elenco da série: “Fiz muito amigos ali e tenho saudades do pessoal. Acho horrível quando alguém fala que uma lésbica é sapatão. Não concordo mesmo.”
Norma aproveitou a conversa para esclarecer que não pretende deixar a sua residência na Gávea e fixar nova moradia no Retiro dos Artistas, conforme os amigos planejavam fazer: “Nunca houve essa possibilidade. Sou até colaboradora do retiro. Quando ganho algum prêmio em dinheiro, sempre faço alguma doação para lá.”
A crise financeira e a ajuda dos amigos famosos
Atravessando uma crise financeira desde que suas contas foram bloqueadas após as polêmicas encolvendo o filme “O Guarani”, a atriz que não tem renda fixa, contou com a ajuda de amigos como Miguel Falabella para superar a crise: “O Miguel me ajudou numa fase muito complicada e sou grata demais a ele, mas também, ele não pode me ajudar para sempre. Por isso que eu preciso voltar a trabalhar.”
Ao lado de Norma, trabalha Vilma – sua acompanhante e amiga, que se revesa com outra ajudante. Além das despesas domésticas, Norma Benguel ainda paga o aluguel de sua cadeira de rodas no valor de R$ 150 mensais.
Isac Luz/EGO
Norma Benguel na saída da 10ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

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